sábado, 16 de maio de 2015

Card. R. L. Burke, ha celebrato un solenne Pontificale al Faldistorio, nella splendida Basilica di San Nicola

Pontificale al Faldistorio di S. Em.za Card. Raymond L. Burke - Basilica di San Nicola in Carcere, Roma


Pontificale al Faldistorio di S. Em.za Card. Raymond L. Burke - Basilica di San Nicola in Carcere, Roma, 10 gennaio 2015

Sabato 10 Gennaio l'eminentissimo card. R. L. Burke, ha celebrato un solenne Pontificale al Faldistorio, nella splendida Basilica di San Nicola in carcere che è situata, nelle vicinanze del teatro Marcello in Roma. La dove un tempo la ferocia dei pagani, sacrificava agli idoli, oggi è accorso un gran numero di fedeli, per assistere al Santo Sacrificio della Messa,per contemplare con tenerezza ed amore Gesù che si dona ogni giorno. Ricordiamo che nella Basilica di San Nicola in carcere via del Teatro Marcello, 46, Roma la celebrazione della messa in latino è il Sabato alle ore 18:00 con la recita del Santo Rosario alle ore 17:40 curata dal gruppo stabile San Luigi Orione.











Fonte: In Tua Justitia, 11.1.2015. Il reportage era stato pubblicato dal blog New Liturgical Movement, Jan. 10th, 2015. Video ed altre foto, in New Liturgical Movement, Jan 14th, 2015. L'omelia è in Gloria tv.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

ENTREVUE DU CARDINAL BURKE: À PROPOS DE LA COMMUNION DES DIVORCÉS-REMARIÉS « JE RÉSISTERAI»

ENTREVUE DU CARDINAL BURKE: À PROPOS DE LA COMMUNION DES DIVORCÉS-REMARIÉS « JE RÉSISTERAI»

cardinal burke
Dans une entrevue à FranceTVinfo, le cardinal américain, Raymond Leo Burke, a défendu encore une fois avec clarté et courage la doctrine du Christ.
Bien que les extraits présentés et leur arrangement tentent évidemment de jouer la note sensationnaliste de «guerre au Vatican », on y voit un cardinal Burke franc et articulé qui refuse de donner dans le vocabulaire flou et la confusion, attitude utilisée depuis longtemps par les progressistes dans leur tentative de subversion de la « miséricorde ».  Lire la suite 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Cardeal Burke diz que a confusão está se disseminando entre os católicos “de uma maneira alarmante”.


Cardeal Burke diz que a confusão está se disseminando entre os católicos “de uma maneira alarmante”.

O Cardeal Raymond Burke conversou em Roma, no dia 21 de janeiro, com Jeanne Smits, correspondente em Paris do LifeSiteNews. Estamos apresentando a entrevista junto com um artigo (disponível aqui), que destaca alguns dos pontos de vista mais importantes do cardeal. Smits também publicou uma versão da entrevista em francês em seu blog.
Cardeal Raymond Burke conversa com Jeanne Smits, correspondente de Paris da LifeSiteNews, em Roma. Olivier Figueras / LifeSiteNews.
Por Jeanne Smits – Life Site News | Tradução: Teresa M. Freixinho – Fratres in Unum.com
LifeSiteNews: Desde o sínodo extraordinário sobre a família, entramos em um período de incerteza e confusão a respeito de vários temas polêmicos: comunhão para casais divorciados e “recasados”, uma mudança de atitude em relação às uniões homossexuais e um aparente relaxamento de postura em relação a casais não casados. Vossa Eminência acha que essa confusão já está produzindo efeitos adversos entre os católicos?
Cardeal Burke: Sim, certamente. Eu mesmo ouço essas coisas. Ouço essa confusão tanto de católicos leigos quanto de bispos. Agora, por exemplo, as pessoas estão afirmando que a Igreja mudou a sua doutrina a respeito das relações sexuais fora do casamento no que diz respeito ao mal intrínseco dos atos homossexuais. Ou pessoas que vivem em uniões matrimoniais irregulares estão exigindo a recepção da Sagrada Comunhão, alegando que essa é a vontade do Santo Padre. E temos situações espantosas, como as declarações do bispo de Antuérpia a respeito dos atos homossexuais, que ainda não foram corrigidas. Assim, podemos perceber que essa confusão está efetivamente se disseminando de maneira alarmante.
LSN: O bispo Bonny [de Antuérpia, Bélgica, ao qual o cardeal se referiu acima] diz que a Humanae Vitae foi contestada por muitos; agora seria a vez de contestar outras coisas. Será que não estamos em uma época em que os ensinamentos da Igreja estão sendo contestados mais do que outrora?
CB: Sim, creio que sim. Atualmente, parece que as pessoas que antes não contestavam a doutrina da Igreja, porque era óbvio que a autoridade da Igreja proibia certas discussões, sentem-se muito à vontade para contestar até mesmo a lei moral natural, incluindo uma doutrina como aquela expressa na Humanae vitae, que tem sido o ensinamento constante da Igreja a respeito da contracepção.
LSN: Após a publicação da Relatio post disceptationem disseram que houve uma manipulação, que consistia em colocar no sínodo questões que realmente não tinham nada a ver com a família. O senhor poderia falar sobre como e por que aconteceu essa “manipulação”? Quem está se beneficiando dela?
CB: É claro que houve uma manipulação, porque as intervenções reais dos membros do sínodo não foram publicadas, e somente o relatório preliminar (“relatio post disceptationem”) foi disponibilizado, o qual realmente não tinha nada a ver com o que estava sendo apresentado no sínodo. E, portanto, na minha opinião, é claro que havia pessoas que, obviamente, exerceram uma forte influência sobre o processo sinodal e que estavam promovendo uma agenda que não tem nada a ver com a verdade sobre o matrimônio, conforme Nosso Senhor nos ensina, e da maneira que nos é transmitida na Igreja. Essa agenda estava relacionada à tentativa de justificar as relações sexuais extramatrimoniais e os atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo e, de certa forma, claramente relativizar e até mesmo ofuscar a beleza da doutrina da Igreja sobre o matrimônio como união fiel, indissolúvel e procriadora entre um homem e uma mulher.
Jeanne Smits, correspondente de Paris do LifeSiteNews, e o Cardeal Raymond Burke
LSN: A quem essa agenda está beneficiando? Como fiéis católicos, estamos surpresos e preocupados com o surgimento súbito desses temas.
CB: Bem, essa agenda não pode ser benéfica para ninguém, porque ela não é verdadeira: ela não é a verdade. E, portanto, ela só está prejudicando a todos. Ela pode ser percebida como um benefício, por exemplo, para as pessoas que, por qualquer motivo, são flagradas em situações imorais. Alguns podem percebê-la como se, de alguma forma, ela os justificasse. Porém, ela não pode justificá-los, porque os próprios atos não podem ser justificados.
LSN: Em algum lugar o senhor mencionou a resistência firme a respeito desses pontos por parte de muitos padres sinodais. Será que esse não é um grande sinal de esperança? Essa resistência o surpreendeu?
CB: Não, não me surpreendeu, embora eu tenha me sentido muito grato por essa resistência, porque em dado momento quando a relatio post disceptationem foi entregue, por exemplo, quando observamos a direção que claramente estava sendo dada ao sínodo, receamos que talvez os padres sinodais não falassem claramente, mas eles o fizeram. E eles falaram com firmeza, vários deles, e agradeço a Deus por isso. Espero que esses mesmos padres sinodais – espero que muitos deles sejam nomeados para a sessão de setembro de 2015 – também sejam fortes nesse cenário.
LSN: Há ainda alguma confusão sobre o significado dos votos nos três artigos que não obtiveram maioria absoluta de dois terços. Eles foram incluídos no relatório final e nos Lineamenta. Eles efetivamente obtiveram maiorias simples de mais da metade, mas o que me chama a atenção é que os parágrafos foram redigidos de tal forma que realmente não podemos saber o que o voto significa. Será que a minha impressão está equivocada?
CB: Isso é muito confuso. Creio que já participei de cinco sínodos, e em todos eles, exceto neste, uma proposição – nesse caso, um parágrafo – que não tivesse recebido os dois terços de votos necessários era simplesmente eliminada; ela não era publicada, e não se tornava parte do documento sinodal. Nesse caso, eles insistiram em publicar o documento com todos os parágrafos, simplesmente indicando o número de votos. E, por isso, muitas pessoas consideram isso como uma indicação de que esses parágrafos são mais ou menos tão aceitáveis quanto os demais. Porém, na verdade, eles foram excluídos pelos membros do sínodo. Infelizmente, eles receberam uma maioria simples de votos, o que me preocupa muito – ou seja, que tantos padres sinodais tenham votado em favor dos textos que estavam confusos, e alguns simplesmente continham erro.
LSN: Muitas vezes, até mesmo os padres sinodais que elogiaram temas como “recasamento” de divorciados e uniões de homossexuais ou de pessoas não casadas têm reiterado que a questão não é doutrinal, mas pastoral. Qual é a sua resposta a essa afirmação?
CB: Que essa é simplesmente uma falsa distinção. Não pode haver coisa alguma que seja verdadeiramente sã do ponto de vista pastoral que não o seja do ponto de vista doutrinal. Em outras palavras: não se pode separar o amor da verdade. Ainda em outras palavras: não existe amor fora da verdade. Assim, é falsa a afirmação de que estaríamos fazendo apenas mudanças pastorais que nada têm a ver com a doutrina. Se admitirmos pessoas que estão vivendo em uniões matrimoniais irregulares à Sagrada Comunhão, então, estaremos diretamente fazendo uma declaração sobre a indissolubilidade do matrimônio, porque Nosso Senhor disse: “Aquele que repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério”. E a pessoa que se encontra em uma união matrimonial irregular está vivendo publicamente em estado de adultério. Se dermos a Sagrada Comunhão a essa pessoa, então, de alguma forma, estamos dizendo que isso está correto em termos doutrinais. Mas não pode ser assim.
LSN: Sendo assim, o simples fato de colocar esse tema em discussão já é um erro.
CB: Sim. Na verdade, pedi mais de uma vez que esses temas que nada têm a ver com a verdade sobre o matrimônio fossem retirados da agenda do sínodo. [Se as pessoas quiserem discutir essas questões, tudo bem, mas elas não têm nada a ver com a doutrina da Igreja sobre o matrimônio.] E o mesmo vale para a questão dos atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo, e assim por diante.
LSN: Como católicos, sabemos que o matrimônio é vinculante para toda a vida e que ele é um “sinal” da união de Cristo com a Igreja, e também sabemos da sua profunda ligação com a Eucaristia. A “teologia do corpo” do Papa João Paulo II lançou uma luz particular sobre esse assunto, mas sua obra não foi citada nos sucessivos documentos sinodais. Qual é a sua opinião sobre essa omissão, e será que a popularização dessa obra não ofereceria respostas concretas para os problemas contemporâneos?
CB: Sim, sem dúvida. O ensinamento de São João Paulo II é tão luminoso, e ele se dedicou com tanta atenção e intenção à questão da verdade sobre a sexualidade humana e a verdade sobre o matrimônio, como vários de nós dissemos nas discussões sinodais e nos pequenos grupos de discussão. Pedimos um retorno daquele magistério do Papa João Paulo II, que é uma reflexão sobre o que a Igreja sempre ensinou e praticou. Mas, na verdade, alguns poderiam ter a impressão de que a Igreja não tinha doutrina alguma nessas áreas.
LSN: Isso é muito extraordinário …
CB: Isso é muito extraordinário. Isso é assombroso. Custei a crer no que estava vendo. Na verdade, acredito que algumas pessoas se recusam a crer que isso seja verdade, porque é um absurdo.
LSN: São João Paulo II respondeu efetivamente à ideologia de gênero antes que ela se tornasse bem conhecida.
CB: Sim, sem dúvida. Ele estava tratando de todas essas questões em um nível muito profundo e lidava com elas estritamente nos termos da lei moral natural, o que a razão nos ensina e o que a fé nos ensina, obviamente em união com a razão, mas elevando e iluminando o que a razão nos ensina sobre a sexualidade humana e sobre o matrimônio.
LSN: Os pontos de vista do Cardeal Kasper e, mais recentemente, do Bispo Bonny, de Antuérpia, e de outros prelados, incluíam a consideração de que homossexuais “fiéis”, divorciados “recasados” e casais não casados demonstram qualidades de auto-sacrifício, generosidade e dedicação que não podem ser ignoradas. Porém, através de sua escolha de estilo de vida, eles se encontram em uma condição que precisa ser percebida por estranhos como estado de pecado mortal objetivo: um estado de pecado mortal escolhido e prolongado. O senhor poderia nos recordar o ensinamento da Igreja sobre o valor e o mérito da oração e das boas ações nesse estado?
CB: Se estivermos vivendo publicamente em estado de pecado mortal, não há qualquer ato bom que possamos fazer que justifique essa situação: a pessoa continua em pecado grave. Acreditamos que Deus criou todo mundo bom, e que Deus quer a salvação de todos os homens, mas isso só pode acontecer pela conversão de vida. E assim temos que chamar à conversão as pessoas que vivem nessas situações gravemente pecaminosas. Dar a impressão de que, de alguma forma, existe algo bom a respeito de viver em estado de pecado grave é simplesmente contrário a tudo o que a Igreja sempre ensinou em todos os lugares.
LSN: Então, será que não basta quando o homem na rua diz: “sim, é verdade que as pessoas são amáveis, elas são dedicadas, elas são generosas?
CB: É claro que não é. É como a pessoa que assassina alguém e, no entanto, é gentil com as outras pessoas …
LSN: Que cuidado pastoral verdadeiro o senhor recomendaria às pessoas nessas situações, e o que elas podem obter praticando sua fé, na medida do possível, quando elas não puderem obter absolvição ou receber a Sagrada Comunhão?
CB: Em minha própria experiência pastoral já trabalhei com pessoas que se encontram nessas situações e tentei ajudá-las, com tempo, no que diz respeito também às obrigações que por dever de justiça elas precisam cumprir, para que mudem o rumo de suas vidas. Por exemplo, no caso daquelas pessoas que estão em uniões matrimoniais inválidas, tentar ajudá-las a se separar, se for possível, ou viver como irmão e irmã em um relacionamento casto, se houver filhos e se eles forem obrigados a educá-los.
LSN: Será que no caso de casais recasados que têm seus próprios filhos e filhos de um casamento anterior, isto não cria situações muito difíceis?
CB: Claro que sim. Na verdade, estou profundamente preocupado com a discussão a respeito do processo de nulidade matrimonial: as pessoas têm a impressão de que só existe uma parte envolvida, ou seja, a pessoa que está pedindo a declaração de nulidade. O fato é que existem duas partes envolvidas, há crianças envolvidas e há todos os tipos de outros relacionamentos envolvidos em qualquer matrimônio. E, portanto, o assunto é extremamente complexo, ele nunca poderá ter algum tipo de solução fácil.
LSN: A questão da Comunhão espiritual tem sido levantada para essas pessoas que estão vivendo em matrimônios inválidos ou uniões impossíveis. Não entendo muito bem como se pode ter uma comunhão espiritual nesse tipo de estado.
CB: Essa expressão foi utilizada de maneira imprecisa. Para fazer uma comunhão espiritual é preciso ter todas as disposições necessárias para realmente receber a Sagrada Comunhão. A pessoa que faz uma comunhão espiritual encontra-se simplesmente em uma situação em que ele ou ela não tem acesso ao Sacramento, mas está totalmente disposta a receber o Sacramento, e assim a pessoa faz um ato de comunhão espiritual. Acho que aqueles que utilizavam essa expressão tinham em mente o desejo das pessoas que se encontram em situação pecaminosa de abandonarem essa situação. Então, elas rezam e pedem a ajuda de Deus para dar a volta por cima, mudar de vida e encontrar uma nova maneira de viver, de modo que possam viver em estado de graça. Poderíamos chamar isso de desejo pela Santa Comunhão, mas não se trata de uma comunhão espiritual. Não pode ser. A propósito, a natureza da comunhão espiritual foi definida no Concílio de Trento: ele deixou bem claro que ela exige todas as disposições, e isso faz sentido.
LSN: Como a Igreja pode efetivamente ajudar todas as pessoas envolvidas: cônjuges abandonados, filhos de matrimônios legítimos que são prejudicados pelo divórcio de seus pais, pessoas que estão lutando com tendências homossexuais ou que de certa forma tenham “caído na armadilha” de uma união ilegítima? E qual deve ser a nossa atitude: a atitude dos fiéis?
CB: O que a Igreja pode fazer, e isso é o maior ato de amor por parte da Igreja, é apresentar a doutrina sobre o matrimônio, o ensinamento que resulta das próprias palavras de Cristo, a doutrina constante na tradição, para todos, como um sinal de esperança para as pessoas. E também, ajudá-las a reconhecer o pecado da situação em que se encontram e, ao mesmo tempo, exortá-las a abandonar a situação de pecado e encontrar uma maneira de viver de acordo com a verdade. E essa é a única maneira que a Igreja pode ajudar. Essa foi a minha grande esperança para o sínodo: que o sínodo defendesse perante o mundo a grande beleza do matrimônio, e essa beleza é a verdade acerca do matrimônio. Sempre digo às pessoas: a indissolubilidade não é uma maldição, ela é a grande beleza do relacionamento conjugal. É isso que confere beleza ao relacionamento entre um homem e uma mulher: a união indissolúvel, fiel e procriadora. Mas agora as pessoas praticamente começam a ter a sensação de que de alguma maneira a Igreja se envergonha do tesouro belíssimo que temos no matrimônio, como Deus criou o homem e a mulher desde o início.
LSN: Às vezes alguns pastores parecem ter vergonha de falar sobre o pecado ou sobre castidade.
CB: Isso também foi mencionado no sínodo. Um dos padres sinodais disse: “Será que não existe mais pecado?” As pessoas têm essa impressão. E, infelizmente, desde a queda de nossos primeiros pais, há sempre a tentação de pecar, e o pecado está presente no mundo. Temos que reconhecer essa realidade, chamá-la pelo nome apropriado e tentar superá-la.
LSN: Será que não existe um apelo especial para que os pais católicos e cristãos eduquem seus filhos para a modéstia e a decência? Isso desapareceu completamente em muitos lugares.
CB: Sim, é bem verdade que sim. Parte do Evangelho da Vida é ensinar às crianças no lar e nas escolas as virtudes fundamentais que demonstram respeito pela nossa própria vida e pela vida de outras pessoas, assim como por nossos próprios corpos, ou seja, a modéstia, a pureza e a castidade, formando os jovens dessa maneira desde cedo. Mas isso também encontra-se em grande perigo, simplesmente, porque a catequese na Igreja tem sido muito fraca e, em alguns casos, confusa e errônea, tem havido uma desintegração tão grande na vida familiar, que as crianças estão sujeitas a uma educação que as deixa despreparadas para viverem a verdade sobre o matrimônio, a verdade sobre seus próprios corpos e a verdade sobre suas próprias vidas.
LSN: O que deveríamos fazer com mais urgência para evitar a desordem do divórcio e de todas as uniões inaceitáveis?
CB: Creio realmente que isso começa na família. Precisamos fortalecer as famílias, formar marido e esposa em primeiro lugar para viver a verdade do matrimônio em seu próprio lar, que então se torna não somente a fonte de salvação para eles, mas também uma luz no mundo. Um matrimônio vivido na verdade é tão atraente e tão belo que leva à conversão de outras almas. Precisamos formar as crianças dessa maneira e, especialmente em nossos dias, as crianças precisam ser educadas de maneira que possam opor-se à cultura dominante. Elas não podem, por exemplo, aceitar essa teoria de gênero que está infectando nossa sociedade; elas têm que ser criadas para rejeitar essas falsidades e viver a verdade.
LSN: Entendo que existe um vínculo entre contracepção e divórcio: 30% a 50% dos casais que praticam contracepção irão se divorciar, ao passo que menos de 5% das pessoas que não a praticam, sejam elas cristãs ou não, ou que praticam o planejamento familiar natural, irão se divorciar. O senhor concorda que uma linguagem clara e um envolvimento pastoral maior por parte da Igreja no sentido de promover a Humanae vitae são fundamentais para lograr mais uniões estáveis?
CB: Sim, sem dúvida. E o bem-aventurado Papa Paulo VI deixou isso bem claro em sua Carta Encíclica Humanae vitae, afirmando que a prática da contracepção conduziria à desintegração da vida familiar, à perda do respeito pelas mulheres. Precisamos simplesmente refletir sobre o fato de que um casal que pratica a contracepção já não se entrega totalmente um ao outro. A contracepção já introduz um elemento de desagregação no matrimônio e se isso não for corrigido e reparado poderá facilmente levar ao divórcio.
LSN: Quanto à questão do tamanho da família e da liberdade dos pais, o senhor se preocupa de modo especial com o movimento “ecológico” mundial e a promoção internacional do planejamento familiar e do controle populacional?
CB: Sim, esses temas me preocupam bastante porque as pessoas estão sendo conduzidas a um falso modo de pensar, no sentido de que devem praticar alguma forma de controle da natalidade para que sejam administradores responsáveis do planeta. Para falar a verdade, a taxa de natalidade na maioria dos países está muito aquém do necessário para substituir a população atual. Deixando tudo isso de lado, a verdade é que se Deus chama um casal para o matrimônio, então, Ele os está chamando também para serem generosos no acolhimento do dom de uma nova vida humana. E, por isso, precisamos de muitas famílias numerosas hoje em dia, e, graças a Deus, atualmente, percebo entre alguns casais jovens uma notável generosidade no que diz respeito às crianças. Outra coisa que raramente ouço ser mencionada hoje em dia, mas que sempre era enfatizada quando eu era jovem, assim como na tradição da Igreja, é que os pais devem ser generosos em ter filhos, de modo que alguns de seus filhos possam receber um chamado ao sacerdócio ou à vida consagrada e ao serviço da Igreja. E essa generosidade dos pais certamente vai inspirar uma generosa resposta no filho que tiver uma vocação.
LSN: Muitos dirão que o matrimônio monogâmico para a vida inteira é muito bom para os católicos, mas que a “dureza de coração” dos não católicos deve permitir o divórcio e um novo casamento nas legislações civis. Por outro lado, nações cristãs têm se empenhado muito para trazer estabilidade social e dignidade ao matrimônio natural em muitos lugares do mundo. Será que a vinda de Cristo mudou a situação de todos os homens e será que é certo promover e até mesmo impor essa visão do matrimônio natural mesmo em sociedades não católicas?
CB: Creio que é preciso salientar exatamente que a doutrina de Cristo sobre o matrimônio é uma afirmação, uma confirmação, da verdade sobre o matrimônio desde o início, usando Suas próprias palavras, ou aquela verdade sobre o matrimônio inscrita no coração de cada ser humano. E assim, quando a Igreja ensina sobre o matrimônio monogâmico, fiel e duradouro, ela está ensinando a lei moral natural e está certa em insistir sobre esse tema na sociedade em geral. O Concílio Ecumênico Vaticano II referiu-se ao divórcio como uma praga em nossa sociedade, e de fato é. A Igreja tem que ser cada vez mais forte na luta contra a prática disseminada do divórcio.
LSN: O senhor acha que os estudos sobre a situação e resultados melhores das crianças que vivem em famílias monogâmicas estáveis devem desempenhar um papel maior na preparação para o casamento?
CB: Penso que sim. É preciso enfatizar a beleza do matrimônio, como ele é vivido por muitos casais hoje em dia, de maneira fiel e generosa, assim como a experiência da vida familiar pelas crianças que vivem em uma família amorosa… o que não significa que não existam desafios. Isso não significa que não existem momentos difíceis na família e no casamento, porém, com a ajuda da graça de Deus, no final das contas, a resposta é sempre de amor, de sacrifício e de aceitação de qualquer sofrimento necessário para ser fiel ao amor.
LSN: Mas a sociedade moderna não aceita o sofrimento, seja no final da vida, durante a gravidez ou no matrimônio …
CB: É claro, ela não compreende porque não entende o sentido do amor. Cristo disse: “Se alguém quiser me seguir, tome a sua cruz e siga-me. Portanto, a essência da nossa vida é sofrer por amor: o amor de Deus e do nosso próximo.
LSN: O senhor concorda, como várias pessoas estão afirmando, que muitos matrimônios católicos hoje em dia frequentemente são inválidos devido à falta de preparação ou à ignorância acerca do sentido das promessas matrimoniais? Qual foi a sua experiência específica sobre esse tema como Prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica?
CB: Acho que não tem muito sentido fazer declarações gerais sobre o número de casamentos válidos ou inválidos. Cada matrimônio precisa ser analisado, e o fato de que talvez as pessoas não tenham sido bem catequizadas, entre outras coisas, certamente poderá enfraquecê-las para a vida matrimonial, mas isso não necessariamente constituiria uma indicação de que elas dariam um consentimento matrimonial inválido, porque a própria natureza nos ensina acerca do matrimônio. Constatamos isso na Assinatura Apostólica: sim, havia mais declarações de nulidade matrimonial, mas ao examinarmos esses casos, havia muitos em que a nulidade matrimonial não estava estabelecida, não se comprovando verdadeira.
LSN: O senhor demonstrou no livro “Remaining in the Truth of Christ” [“Permanecendo na Verdade de Cristo”] que a simplificação do processo não é a resposta.
CB: De maneira alguma, porque há situações muito complexas, e elas exigem um processo cuidadosamente articulado, a fim de chegarmos à verdade. Se não nos importarmos mais sobre a verdade, então, qualquer processo será aceitável, mas, se nos preocupamos com a verdade, então, o processo de nulidade matrimonial terá que ser um processo como o que a Igreja atualmente utiliza.
LSN: E a Igreja tem feito muita coisa pelos processos judiciais no mundo civilizado …
CB: A Igreja tem sido admirada ao longo dos anos como um espelho de justiça; sua própria maneira de administrar a justiça serviu de modelo para outras jurisdições. Já houve uma experiência na Igreja com um processo de nulidade matrimonial modificado que ocorreu nos Estados Unidos de 1971 a 1983. Esse processo teve efeitos desastrosos, e não sem razão as pessoas começaram a falar sobre “divórcio católico”. Isso é um escândalo para aqueles que trabalham com a justiça ou administram a justiça na ordem secular, porque quando eles veem que a Igreja não pratica a justiça, passam a não se importar mais com a verdade. Então, o que a lei e a justiça possivelmente significam?
LSN: Recentemente, um exorcista italiano, o padre Sante Babolin, disse que durante um exorcismo, o espírito mau que atormentava a esposa de um de seus amigos disse-lhe: “Não posso suportar que eles se amem.” Será que isso não é uma mensagem em que os casais devem meditar?
CB: Sim, sem dúvida. Não há força maior contra o mal no mundo do que o amor de um homem e de uma mulher no matrimônio. Depois da Sagrada Eucaristia, ele tem um poder além de qualquer coisa que se possa imaginar. Eu não conhecia essa história, mas não me surpreende e, certamente, é verdade que quando um casal celebra o matrimônio com toda a sua mente e coração, o demônio entrará em ação para tentar estragar o lar, porque o lar é um berço de graça, onde a graça é recebida não somente para o casal, mas para os filhos e para aqueles que conhecem a família.
LSN: Como os casais podem valorizar e proteger mais seu amor conjugal?
CB: Primeiramente, através de uma vida de oração fiel e diária, bem como através da confissão regular, pois todos nós precisamos de ajuda para vencer o pecado em nossas vidas, até mesmo pequenos pecados, pecados veniais, mas também para nos defendermos contra mais pecados graves. E, em seguida, é claro, a Eucaristia é o centro de toda a vida cristã de um modo muito especial. Ela é o centro da vida matrimonial porque é comunhão com Nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida desse amor que Ele tem pela Igreja, da qual o matrimônio é sacramento: o matrimônio é o sinal de seu amor no mundo e, portanto, na Eucaristia, o casal recebe a graça, a maioria de todos, sobretudo, para viver a aliança de amor.
LSN: O senhor acha que existe uma ligação entre a “morte do culto” – uma liturgia não adoradora e antropocêntrica – e a cultura da morte?
CB: Estou muito convencido de que quando os abusos entraram nas práticas litúrgicas da Igreja, abusos que refletem uma direção muito antropocêntrica, em outras palavras, quando o culto sagrado começou a ser apresentado como a atividade humana, em vez da ação de Deus em nosso meio, as pessoas foram levadas claramente a uma direção errada, e esses abusos têm exercido um impacto muito negativo sobre a vida de cada um e, particularmente, sobre a vida matrimonial. A beleza da vida  é percebida de uma maneira muito particular e confirmada no Sacrifício Eucarístico.
LSN: Como católicos, somos obrigados a agir em sociedade e também a agir politicamente, a termos um engajamento político. Porém, na França não existe um único partido que esteja defendendo o matrimônio completamente e que esteja defendendo a vida completamente. O que os católicos devem fazer: engajar-se em um movimento, mesmo quando sabem que esse movimento é contra os princípios inegociáveis ou será que devem tentar criar algo mais?
CB: Idealmente, os católicos devem tentar construir uma força política na sociedade que apoie totalmente a verdade e os bens inegociáveis no que diz respeito à vida humana e à família. E eles devem deixar sua própria posição muito clara, insistindo nela, com os partidos políticos existentes, para que constituam uma força para a reforma dos partidos políticos. É óbvio que não podemos participar de qualquer tipo de movimento que seja contrário à lei moral. Por outro lado, se nesse partido político ou movimento houver sinais de uma reforma, de uma adesão à lei moral, devemos apoiá-lo e incentivá-lo.
LSN: Que santos deveríamos invocar para a família hoje?
CB: Primeiramente, a Sagrada Família de Nazaré: a Virgem Maria, São José e Nosso Senhor Jesus. E, em seguida, há grandes santos casados. Podemos pensar, por exemplo, nos pais de Santa Teresinha, os Beatos Louis e Zélie Martin. Podemos pensar também em uma grande santa, como Santa Gianna Molla, aqui na Itália, em um grande santo que morreu mártir para a família, São Thomas More, que foi casado e compreendeu plenamente a vocação matrimonial. Há também o casal Luigi e Maria Beltrame Quattrocchi, que foram beatificados aqui na Itália. Pensemos também em alguém como Santa Rita de Cássia, que foi uma mãe muito dedicada: ela rezou bastante pela conversão de seu marido e também pela conversão de seus dois filhos. Esses seriam apenas alguns exemplos… existem muitos outros.
LSN: Qual é a melhor maneira de permanecermos fiéis à Igreja e ao Papa nesses tempos tão conturbados?
CB: Aderindo muito claramente a tudo que a Igreja sempre ensinou e praticou; esta é a nossa âncora. Nossa fé não reside em pessoas individuais, nossa fé está em Jesus Cristo. Só Ele é a nossa salvação; Ele está vivo para nós na Igreja através de sua doutrina, através de seus sacramentos e através da sua disciplina. Digo às pessoas – porque muitas pessoas hoje em dia se comunicam comigo e estão bastante confusas, elas estão preocupadas e aborrecidas – não, o que temos que fazer é mantermos a calma, e precisamos nos manter repletos de esperança, através de um apreço cada vez mais profundo pela verdade da nossa fé, aderindo a ela. Ela é imutável e, por fim, ela será vitoriosa. Cristo disse a São Pedro quando este fez sua profissão de fé: “As portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja”. Sabemos que isso é verdade e, nesse ínterim, temos que sofrer pela verdade, mas temos que ter a certeza de que Nosso Senhor vai conquistar a vitória ao final.
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Carta abierta al Cardenal Burke. OPEN LETTER TO HIS MOST REVEREND EMINENCE CARDINAL RAYMOND LEO BURKE.



Su Eminencia Reverendísima  Cardenal Raymond Leo Burke,
Me dirijo a su Eminencia con la admiración y respeto por su persona, al dar público testimonio ante la Iglesia de su fidelidad al Magisterio de la Santa Madre Iglesia.
Usted, Sr. Cardenal, ha sido repudiado como lo fue Nuestro Señor Jesucristo, simplemente por ser seguidor de la Verdad de la Iglesia que hemos recibido en el depósito de la fe, y que el hombre no puede tergiversar. Usted es humillado siendo apartado de su cargo y privándonos de su sabiduría,  y relegándole a un cargo secundario. Pero usted es un pastor de Dios que nos guía con su palabra y su ejemplo. Su postura firme y sin dudas recuerda  a Abrahán, que creyó y no dudó. Creyó en Dios y dejó que Él actuara en él. Y así actúa usted, Sr. Cardenal.
Cardenal Burke, usted ha cogido la Cruz que otros han dejado tirada, y usted está reparando por ello. “Mirarán al que traspasaron”. Esto es lo que usted está haciendo, mientras otros apartan la mirada, prefiriendo mirar las complacencias del mundo. Usted sigue velando al pie de la Cruz de Cristo.
Con sus Santas Misas Tradicionales, Sr. Cardenal, está reparando, ante Dios,  de la manera más perfectísima que se pueda hacer, por las ofensas a Dios cometidas por quienes han traicionada la Palabra de Dios, y  por aquellos que levantando su cabeza como las tortugas, enseguida la esconden bajo el caparazón.
Estamos siendo probados por Dios, Nuestro Señor, estamos siendo probados en nuestra fidelidad a Su Palabra. Son tiempos de confusión dentro de la Iglesia. Son tiempos de falsos pastores. Son tiempos en que no podemos dudar si no queremos poner en peligro la salvación de nuestra alma, y la de muchísimas almas de las que somos y seremos responsables ante el Tribunal de Dios Todopoderoso.
Eminencia, usted ha dicho con firmeza que “resistirá”, es decir, que permanecerá fiel al Magisterio de la Santa Madre Iglesia. Permítame decirle: un hombre vale lo que vale su palabra; y un hombre transmite la verdad de su palabra.
Un servidor, Sr. Cardenal, quiere compartir con usted la fidelidad al Magisterio recibido de la Tradición, y quiere “resistir” al lado de su Eminencia.
Bendígame y bendiga a todos los que le siguen y le seguirán.
Humildemente y respetuosamente en Jesucristo Sumo y Eterno Sacerdote.
Padre Juan Manuel Rodríguez de la RosaLas Rozas de Madrid, 26 de marzo 2015.
OPEN LETTER TO HIS MOST REVEREND EMINENCE CARDINAL 
RAYMOND LEO BURKE.
Most Reverend Eminence Cardinal Burke,
It is with great admiration and respect for your public testimony of fidelity to Holy Mother Church’s Magisterium that I am addressing this letter to you.
Your Eminence has been repudiated, as was Our Lord Jesus Christ, for simply following the Truth we have received in the Church as Deposit of the Faith, which cannot be distorted by man. You are being humiliated by being removed from your office, which deprives us from your wisdom, while you are pushed into a secondary position. But you are a shepherd through whom God leads us by your word and your sample. Your firm, sure stand reminds us of Abraham, who believed and did not doubt. He believed God and let Him work through him. That is what your are doing, Eminence.
You, Cardinal Burke, have taken the Cross that has been dropped by others, and are offering reparations for it. “They shall look on Him whom they pierced.” This is what you do while others look away prefering to turn their eyes upon worldly comfots. You are still keeping watch at the foot of the Cross of Christ.
Your Holy Traditional Masses, Eminence, are acts of reparation before God in the most perfect way possible for the offenses committed by those who have betrayed His Word and those who lifting their heads quickly hide it away as a turtle in its shell.
We are being put to the test by the Lord Our God. Our faithfulness to His Word is being tested. We are living times of confusion within the Church. Times of false shepherds. These are times when we must not doubt if we do not want to jeopardize our soul’s salvation, as well as that of countless souls for whom we are responsible before God Almighty’s judgment seat.
You have firmly said, Eminence, that you will resist, that is, remain faithful to Holy Mother Church’s Magisterium. Allow me to tell you that a man is worth as much as his word. A true man is faithfu to the truth of his committment.
This humble servant wants to share with your Eminence in your faithfulness to the Magisterium we have received from Tradition and resist by your side.
Bless me and bless all those who follow and will follow you.
Humbly and respectfully in Jesus Christ, High and Eternal Priest,
Father Juan Manuel Rodríguez de la Rosa.
Las Rozas de Madrid, March 26th, 2015.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Intervista con il cardinale RAYMOND LEO BURKE


"Aderire con più chiarezza a ciò che la Chiesa ha sempre insegnato e praticato: questa è la nostra àncora" (card. L. R. Burke)

Ringraziamo Chiesa e post-concilio per l'importante lavoro i di traduzione che ci consente di leggere questa importante
Intervista con il cardinale RAYMOND LEO BURKE

 

— Dal Sinodo straordinario sulla famiglia, siamo entrati in un periodo di incertezza e confusione riguardo a diverse questioni «sensibili»: la comunione per le coppie divorziate e «risposate» un cambiamento di atteggiamento nei confronti delle unioni omosessuali e l'apparente allentamento verso le coppie che vivono insieme senza essere sposate. Sua Eminenza pensa che questa confusione produca già effetti negativi tra i cattolici?

— Sì, certamente. Ciò è quel che mi riferiscono i laici e che ho sentito da parte dei vescovi. Ci sono persone oggi che reclamano un «cambiamento» dell'insegnamento della Chiesa sulle relazioni sessuali fuori del matrimonio, o in rapporto alla natura intrinsecamente disordinata degli atti omosessuali. Ci sono anche persone che si trovano a vivere unioni coniugali irregolari che esigono ricevere la Santa Comunione, dicendo che questa è la volontà del Santo Padre. E ci troviamo di fronte a situazioni sconcertanti: tali le dichiarazioni del vescovo di Anversa sugli atti omosessuali, che passano senza essere sanzionate. Di modo che questa confusione si sta diffondendo in modo realmente allarmante.LEGGERE...

quinta-feira, 26 de março de 2015

Exclusif : un entretien inédit avec le cardinal Burke à propos de la famille, du mariage et du synode

Exclusif : un entretien inédit avec le cardinal Burke à propos de la famille, du mariage et du synode

Le cardinal Raymond Burke nous a fait l'honneur de répondre longuement à une interview à propos de la famille, du mariage et du synode. Moments intenses où nous avons perçu aussi bien la préoccupation de ce prince de l'Eglise devant une situation de confusion et d'imprécision doctrinale qu'il a lui-même qualifiée d'« absurde », que la sérénité et la confiance d'un homme de foi, fort, comme l'est toute l'Eglise, de la promesse que les portes de l'enfer ne prévaudront pas.


Une partie de l'interview – à peu près la moitié, vous la reconnaîtrez par sa justification plus large – a été accordée à la revue Monde & Vie, qui l'a publiée début février. Le reste est inédit, et vous est spécialement destiné, chers lecteurs de ce blog. N'hésitez pas à la diffuser en invitant vos contacts à suivre ce lien :

http://leblogdejeannesmits.blogspot.fr/2015/03/exclusif-un-entretien-inedit-avec-le.html

que vous pouvez copier et coller. Merci à Jean-Marie Molitor, directeur de Monde & Vie, de m'avoir autorisée à mettre en ligne la partie de l'interview parue dans ses colonnes. Monde & Vie, c'est par , aussi bien pour s'abonner que pour acheter un numéro.

L'entretien a été conduit en anglais, puis traduit en français par mes soins. Il est publié simultanément en langue anglaise sur LifeSiteNews. Les deux textes ont été « visés » par le cardinal Burke et reflètent donc exactement sa pensée dans sa langue maternelle comme en français, qu'il maîtrise parfaitement.

Au cours des échanges en vue de cette double révision je me suis fait confirmer que le cardinal Burke n'a pas du tout annoncé, lors d'un entretien avec France 2 diffusé il y a plusieurs semaines, qu'il « résisterait face au pape François » si la règle sur le refus de la communion aux divorcés « remariés » devait être abandonnée, comme l'ont écrit de nombreux médias et blogs francophones. Le cardinal avait dit : « Je résisterai, je ne peux rien faire d'autre. » Le sens de son propos n'annonçait pas une quelconque désobéissance mais indiquait qu'il prendrait le seul chemin qu'il lui serait alors possible de prendre. Au demeurant, il terminait son propos en rappelant que « les forces du mal ne prévaudront pas ». – J.S.


ENTRETIEN AVEC LE CARDINAL RAYMOND LEO BURKE

— Depuis le synode extraordinaire sur la famille, nous sommes entrés dans une période d’incertitude et de confusion à propos de plusieurs questions « sensibles » : la communion pour les couples divorcés et « remariés », un changement d’attitude à l’égard des unions homosexuelles et un apparent assouplissement à l’égard des couples qui vivent ensemble sans être mariés. Son Eminence pense-t-elle que cette confusion produit d’ores et déjà des effets négatifs parmi les catholiques ?
— Oui, très certainement. C’est ce que me disent des laïcs, c’est ce que me disent des évêques. Il y a aujourd’hui des gens qui se réclament d’un « changement » de l’enseignement de l’Eglise par rapport aux relations sexuelles hors mariage, ou par rapport au caractère intrinsèquement désordonné des actes homosexuels. Il y a aussi des personnes qui se trouvent au sein d’unions maritales irrégulières qui prétendent exiger de recevoir la Sainte Communion, en affirmant qu’il s’agit là de la volonté du Saint-Père. Et nous nous trouvons face à des situations ahurissantes : telles les déclarations de l’évêque d’Anvers à propos des actes homosexuels, qui passent sans être sanctionnées. De telle sorte que cette confusion se répand de manière véritablement alarmante.


— Mgr Bonny, évêque d’Anvers, a déclaré entre autres qu’Humanae vitae a été contestée par beaucoup, et qu’il faut maintenant porter la contestation plus loin. Ne sommes nous pas à un moment de l’histoire où l’enseignement de l’Eglise se trouve davantage contesté que par le passé ?
— Il semble qu’aujourd’hui des personnes qui ne contestaient pas l’enseignement de l’Eglise parce que, clairement, l’autorité de l’Eglise interdisait certaines discussions, se sentent désormais très libres de contester jusqu’à la loi morale naturelle, sans même parler d’un enseignement comme Humanae Vitae qui ne fait que reprendre l’enseignement constant de l’Eglise sur la contraception.
— Certains ont dit, après la publication de la relatio post disceptationem, qu’une manipulation avait eu lieu, consistant à introduire dans le cadre du synode des questions qui n’ont en réalité rien à voir avec la famille.
— Il est clair qu’une manipulation a eu lieu, dans la mesure où les interventions des membres du synode n’ont pas été publiées, et que le rapport d’étape ou relatio post disceptationem, tel qu’il a été publié, n’avait en réalité rien à voir avec ce qui avait été présenté. Et il est donc évident à mes yeux que certains individus qui avaient forcément une forte influence sur les processus synodaux ont mis en avant un programme qui n’a rien à voir avec la vérité sur le mariage telle que Notre Seigneur nous l’enseigne, et telle que l’Eglise nous la transmet. Ce programme vise à justifier les relations sexuelles hors mariage, les actes sexuels entre personnes de même sexe, et d’une certaine manière à relativiser nettement et même à occulter la beauté de l’enseignement de l’Eglise sur le mariage qui est l’union fidèle, indissoluble et procréatrice entre un homme et une femme.
— A qui profite cette manipulation ?
— Elle ne peut profiter à personne, parce que tout cela n’est pas vrai ; ce n’est pas la vérité. Ainsi elle ne peut faire que du tort à chacun. On peut la considérer comme bénéfique aux personnes qui pour une raison quelconque se trouvent piégées dans des situations immorales. Certains pourraient y voir une manière de les justifier. Mais cela ne peut les justifier, car leurs actes eux-mêmes ne sont pas susceptibles d’être justifiés.
— Vous avez parlé, en une autre occasion, de la ferme résistance opposée à ces points par de nombreux pères synodaux. Cette résistance vous a-t-elle surpris ?
— Non, même si j’ai été très reconnaissant de la voir se manifester, car au moment où la relatio post disceptationem a été rendue publique, en observant la direction qui était donnée au synode, on pouvait craindre que peut-être les pères synodaux ne s’exprimeraient pas – mais ils l’ont fait. Un grand nombre d’entre eux ont parlé avec force, et pour cela nous rendons grâce à Dieu. Je reste confiant de voir ces mêmes pères synodaux – j’espère qu’ils seront nombreux à être nommés à la session de septembre 2015 – continuer de se montrer forts à cette occasion.

— De manière répétée, même les pères synodaux qui ont imposé les questions des divorcés « remariés » et des unions homosexuelles ou irrégulières ont affirmé que la question n’est pas doctrinale, mais pastorale.
— C’est une fausse distinction. Rien ne peut être vraiment sain sur le plan pastoral qui ne soit pas aussi de saine doctrine. En d’autres termes : il est impossible de séparer la vérité de l’amour. En d’autres termes encore : une vie hors de la vérité ne peut être une vie d’amour. Il est faux de dire que nous ne faisons que des changements pastoraux qui n’ont rien à voir avec la doctrine. Si vous donnez accès à la Sainte Communion à des personnes qui se trouvent dans des unions maritales irrégulières, vous affirmez par le fait même quelque chose à propos de l’indissolubilité du mariage, car Notre Seigneur a dit : « Celui qui quitte sa femme et en épouse une autre commet l’adultère. » Celui qui se trouve dans une union maritale irrégulière est dans un état d’adultère public. Si vous lui donnez la Sainte Communion, vous dites d’une certaine façon que cela est acceptable doctrinalement. Et cela ne se peut.
— Ainsi, le simple fait de mettre cette question en discussion est déjà une erreur.
— Oui. Et j’ai en effet demandé plus d’une fois que ces questions soient ôtées de l’ordre du jour du synode. Si des gens veulent en discuter, tant mieux pour eux, mais elles n’ont rien à voir avec l’enseignement de l’Eglise sur le mariage. Il en va de même pour la question des actes sexuels entre personnes de même sexe, et ainsi de suite.
— Un exorciste italien, le P. Sante Babolin, a dit récemment qu’au cours d’un exorcisme, l’esprit mauvais qui tourmentait la femme d’un de ses amis lui dit : « Je ne supporte pas qu’ils s’aiment ! » N’est-ce pas un message que les couples mariés devraient méditer ?
— Absolument. Après l'Eucharistie, il n’y a pas de plus grande force contre le mal dans le monde que l’amour d’un homme et d’une femme au sein du mariage. Il a une puissance qui dépasse tout ce que nous pouvons imaginer. Je ne connaissais pas cette histoire, mais elle ne m’étonne pas. Et certainement, chaque fois qu’un couple est entré dans le mariage de tout son esprit et de tout son cœur, le diable va se mettre à l’œuvre pour essayer de détruire ce foyer, parce que ce foyer est un berceau de grâces, où la grâce est reçue non seulement en vue du couple mais aussi pour les enfants, et pour chaque proche de cette famille.

***



— En tant que catholiques, nous savons que le mariage engage pour la vie ; que le mariage est un « signe » de l’union du Christ et de l’Eglise. Nous connaissons également son lien profond avec l’Eucharistie. La Théologie du Corps du Jean-Paul II a mis cela en lumière de manière très spéciale, mais ses travaux n’ont pas été cités dans les documents successifs du synode. Comment percevez-vous cette omission ? La vulgarisation de cette œuvre n’offrirait-elle pas les vraies réponses aux problèmes d’aujourd’hui ? 
— Absolument. L’enseignement de Jean-Paul II est si lumineux, il s’est consacré avec tant d’attention et d’intention à la question de la vérité sur la sexualité humaine et de la vérité du mariage, ainsi que nous avons été plusieurs à le dire lors des discussions au synode et des travaux en groupes linguistiques : nous avons plaidé pour un retour à ce magistère de saint Jean-Paul II qui est une réflexion sur ce que l’Eglise a toujours enseigné et mis en pratique. Mais à vrai dire, on avait l’impression que l’Eglise n’a aucun enseignement en ces domaines. 
— Voilà qui est extraordinaire… 
— Tout à fait extraordinaire. C’est ahurissant. J’avais du mal à le croire alors que j’en étais témoin. Je crois que certaines personnes refusent de le croire parce que c’est absurde. 
— Saint Jean-Paul II a répondu à l’idéologie du genre avant qu’elle devienne connue. 
— En effet. Il s’occupait de toutes ces questions au niveau le plus profond : il s’en occupait strictement sur le plan de la loi morale naturelle, ce que la raison nous enseigne ; et sur le plan de la foi et de ce qu’elle nous enseigne, évidemment en union avec la raison mais en élevant et en illuminant ce que la raison nous dit de la sexualité humaine et du mariage. 
—Parmi les points de vues développés par le cardinal Kasper, et plus récemment par Mgr Bonny, l’évêque d’Anvers, il y avait l’idée que les homosexuels « fidèles », les divorcés « remariés » et les couples au sein d’une union maritale irrégulière font preuve de qualités d’oubli de soi, de générosité et de dévouement que l’on ne peut ignorer. Mais par leur choix de vie, ils se trouvent dans ce que les tiers doivent considérer comme étant objectivement un état de péché mortel : un état choisi et prolongé de péché mortel. Pourriez-vous nous rappeler l’enseignement de l’Eglise sur la valeur et le mérite de la prière et des bonnes actions dans cet état ? 
— Pour celui qui vit publiquement dans un état de péché mortel aucun acte bon qu’il peut être amené à poser ne peut justifier cette situation : cette personne demeure en état de péché grave. Nous croyons que Dieu a créé tous les hommes bons, et que Dieu veut la rédemption de tous les hommes, mais celle-ci ne peut se réaliser que par une conversion de vie. C’est pourquoi nous devons appeler ceux qui vivent dans ces situations gravement peccamineuses à la conversion. Vouloir donner l’impression que d’une certaine manière il y a quelque chose de bon dans le fait de vivre dans un état de péché grave est tout simplement contraire à ce que l’Eglise a toujours enseigné, partout. 
— Ainsi, lorsque l’homme de la rue dit qu’en effet, il est vrai que ces personnes sont bonnes, dévouées, généreuses, cela ne suffit donc pas ? 
— Bien sûr que non. C’est comme une personne qui commet un meurtre mais qui est pourtant aimable avec les autres… 
— Quels véritables soins pastoraux recommanderiez-vous pour les personnes qui vivent dans ces situations, et que peuvent-elles obtenir de la pratique de la foi dans la mesure du possible, alors qu’elles ne peuvent pas obtenir l’absolution ni recevoir la sainte Communion ? 
— Au cours de ma propre expérience pastorale j’ai travaillé avec des individus qui se trouvent dans ce type de situation et j’ai essayé de les aider, avec le temps, à changer de vie, tout en respectant les obligations qu’ils sont tenus de remplir eu égard à la justice. Par exemple, dans le cas de ceux qui se trouvent au sein d’une union matrimoniale invalide, il s’agira de les aider à se séparer si c’est possible, ou à vivre comme frère et sœur dans le cadre d’une relation chaste, s’il y a des enfants et qu’ils ont l’obligation de les élever. 
— Dans de cas de couples remariés qui ont des enfants à eux mais aussi des enfants d’un précédent mariage, cela ne crée-t-il pas des situations très compliquées ? 
— Evidemment ! Je suis d’ailleurs très préoccupé par la discussion à propos de la procédure de reconnaissance de nullité du mariage : on donne l’impression que seule une partie est en cause, à savoir la personne qui demande une déclaration de nullité. En réalité il y a deux parties en cause, il y a des enfants en cause, et il y a toutes sortes d’autres relations qu’implique tout mariage. Et ainsi la matière est extrêmement complexe, elle n’est jamais capable d’une solution facile quelconque. 
— Pour les personnes vivant dans le cadre de mariages invalides ou d’unions impossibles, on a soulevé la question de la communion spirituelle. Je ne comprends pas bien comment on peut faire une communion spirituelle dans cet état. 
— Le terme a été utilisé de manière imprécise. Pour faire une communion spirituelle il est nécessaire d’avoir toutes les dispositions nécessaires à la réception actuelle de la sainte Communion. La personne qui fait une communion spirituelle, c’est celle qui, simplement, se trouve dans une situation où elle n’a pas accès au Sacrement mais est pleinement disposée à le recevoir, et elle fait alors un acte de communion spirituelle. Je pense que certaines personnes qui ont utilisé ce terme voulaient parler du désir de la personne qui se trouve dans une situation de péché de se libérer de cette situation, et qui prient Dieu de les aider à remettre leur vie à l’endroit, à changer de vie, à trouver une nouvelle manière de vivre afin qu’ils puissent se trouver dans un état de grâce. Nous pourrions appeler cela le désir de la sainte Communion, mais ce n’est  pas la communion spirituelle. Cela n’est pas possible. La communion spirituelle a été définie par le Concile de Trente : celui-ci avait très clairement posé qu’elle nécessite toutes les dispositions, et cela est logique. 
— Comment l’Eglise peut-elle vraiment venir en aide à tous ceux qui sont impliqués dans ces situations : époux abandonnés, enfants de mariages légitimes qui sont blessés par le divorce de leurs parents, les personnes qui se battent avec une tendance homosexuelle ou qui d’une manière ou d’une autre se sont laissé « piéger » au sein d’une union illégitime ? Et quelle doit être notre attitude ? L’attitude des fidèles ? 
— Ce que l’Eglise peut faire, et c’est le plus grand acte d’amour qui puisse être de la part de l’Eglise, c’est de présenter à tous l’enseignement sur le mariage, cet enseignement qui nous vient de la parole du Christ elle-même, et qui a été constant dans la tradition de l’Eglise. C’est un signe d’espoir pour tous. Elle peut aussi les aider à reconnaître le caractère peccamineux de la situation où ils se trouvent, et en même temps les appeler à quitter cette situation de péché et de trouver une manière de vivre en accord avec la vérité. C’est la seule manière dont l’Eglise peut les aider. Cela avait été ma grande espérance pour ce synode : qu’il puisse montrer au monde la grande beauté du mariage – et cette beauté du mariage, c’est la vérité sur le mariage. Je dis toujours au gens : l’indissolubilité n’est pas une malédiction, c’est elle qui fait la grande beauté de la relation conjugale. C’est ce qui fait la beauté de la relation entre l’homme et la femme : que leur union soit indissoluble, qu’elle soit fidèle, qu’elle soit procréatrice. Mais aujourd’hui on aurait presque l’impression que d’une façon ou d’une autre, l’Eglise a honte de ce très beau trésor qui nous est donné dans le mariage, conforme à la manière dont Dieu a créé l’homme et la femme depuis l’origine. 
— Certains pasteurs semblent même avoir honte de parler du péché, ou de parler de la chasteté.  
— Cette question a également été soulevée au synode. L’un des pères synodaux a demandé : « N’y a-t-il plus de péché ? » On a cette impression. Malheureusement, depuis la chute de nos premiers parents, la tentation existe toujours de pécher, et le péché est dans le monde : nous devons le reconnaître et l’appeler du nom qui est le sien, et chercher à le vaincre. 
— L’Eglise et les parents chrétiens ne sont ils pas appelés d’une manière particulière à éduquer les enfants à la modestie et à la décence ? Celles-ci ont complètement disparu dans de nombreux lieux. 
— Oui, cela est tellement vrai. Une partie de l’Evangile de la Vie ordonne d’enseigner aux enfants, aussi bien à la maison qu’à l’école, les vertus fondamentales qui mettent en évidence le respect de notre propre vie et de la vie d’autrui, ainsi que le respect de notre propre corps : la modestie, la pureté, la chasteté. Il faut y former les jeunes enfants dès leurs plus tendres années. Mais tout cela aussi est en péril, simplement parce que la catéchèse de l’Eglise a été si faible, et dans certains cas confuse et erronée ; et il y a eu une telle dégradation de la vie familiale, que les enfants ont été sujets à une éducation qui les laisse désarmés lorsqu’il faut vivre la vérité du mariage et la vérité de leur propre corps, de leur propre vie humaine. 
— Quelle est la chose la plus urgente que nous devions faire pour éviter le désordre du divorce et de toutes les unions désordonnées ? 
— Je pense vraiment que cela commence dans la famille. Nous devons renforcer les familles, en formant d’abord les époux à vivre la vérité du mariage dans leur propre foyer qui devient dès lors – et pas seulement pour eux – une source de rédemption, et en même temps une lumière pour le monde. Un mariage vécu dans la vérité est si attirant et si beau qu’il mène d’autres âmes à la conversion. Pour former les enfants en ce sens, spécialement aujourd’hui, il faut les élever de manière à ce qu’ils puissent choisir d’être « contre-culturels ». Ils ne peuvent par exemple accepter cette théorie du genre qui contamine notre société : il faut donc les élever de manière à ce qu’ils rejettent ces mensonges et vivent dans la vérité. 
— Il existe un lien entre la contraception et le divorce : 30 à 50 % des couples mariés qui utilisent la contraception divorceront, tandis que les couples qui ne l’utilisent pas – qu’ils soient chrétiens ou non – ou qui ont recours à la régulation naturelle des naissances, seront moins de 5 % à divorcer. Etes-vous d’accord pour dire qu’un langage plus clair et un plus grand engagement pastoral de l’Eglise pour la promotion d’Humanae Vitae sont indispensables afin d’obtenir des unions plus stables ? 
— Absolument. Le bienheureux pape Paul VI l’a bien mis en évidence dans la lettre encyclique Humanae Vitae : la pratique de la contraception allait entraîner la rupture de la vie familiale et la perte du respect à l’égard des femmes. Nous devons simplement réfléchir au fait qu’au sein d’un couple qui a recours à la contraception les époux ne se donnent plus totalement l’un à l’autre. Cela introduit déjà un élément de rupture dans le mariage : s’il n’est pas corrigé, si l’on n’y porte pas remède, cela peut facilement mener au divorce. 
— Sur la question de la taille de la famille et de la liberté des parents, le mouvement écologiste mondial, avec la promotion internationale du planning familial et du contrôle de la population sont-ils pour vous des sujets d’inquiétude ? 
— Oui, cela m’inquiète beaucoup car les gens sont faussement amenés à penser qu’ils devraient avoir recours à une forme ou l’autre de contraception pour être des intendants responsables de cette terre. En réalité, le taux de natalité de la plupart des pays est bien en deçà de celui qui est nécessaire pour assurer le renouvellement des générations. Et quoi qu’il en soit de tout cela, la vérité est celle-ci : si Dieu appelle un couple au mariage, alors Il les appelle aussi à être généreux pour ce qui est de recevoir le don de la vie humaine nouvelle. Et nous avons donc besoin de beaucoup plus de familles nombreuses aujourd’hui. Grâce à Dieu, je vois parmi certains jeunes couples aujourd’hui une générosité remarquable par rapport aux enfants. 
Une autre chose que je n’entends guère aujourd’hui, mais sur laquelle on mettait toujours l’accent lorsque j’étais jeune, comme on l’a toujours fait dans la tradition de l’Eglise, c’est que les parents doivent être généreux en ce qui concerne le nombre d’enfants afin que certains d’entre eux puissent recevoir l’appel à la prêtrise ou à la vie consacrée, et au service de l’Eglise. Et cette générosité des parents va certainement inspirer à l’enfant qui reçoit cette vocation une réponse généreuse. 
— Le mariage monogame, c’est très bien pour les catholiques, dira-t-on, mais la « dureté des cœurs » des non catholiques doit faire que l’on accepte le divorce et le remariage dans les lois civiles. D’un autre côté, les nations chrétiennes ont beaucoup fait  pour apporter la stabilité sociale et la dignité du mariage naturel à de nombreux endroits du monde. La venue du Christ a-t-elle changé la situation de tous les hommes et est-il juste de promouvoir, peut-être même d’imposer cette vision du mariage naturel jusque dans les sociétés non catholiques ? 
— Je crois qu’il faut souligner exactement que l’enseignement du Christ sur le mariage est une affirmation, une confirmation de la vérité du mariage depuis l’origine – pour reprendre ses propres paroles – et cette vérité du mariage qui est inscrite dans tout cœur humain. Et ainsi l’Eglise, lorsqu’elle enseigne le mariage monogame, fidèle, pour la vie, enseigne la loi morale naturelle et elle a raison d’insister sur ces points dans la société en général. Le Concile œcuménique Vatican II a qualifié le divorce de plaie pour notre société, et en effet, il l’est. L’Eglise doit être toujours plus forte dans son opposition à la pratique très répandue du divorce. 
— Pensez-vous que les études sur la situation et les meilleurs résultats finaux constatés chez les enfants élevés au sein de familles monogames stables devraient jouer un rôle plus important lors des préparations au mariage ? 
— Je le pense. Il faut mettre l’accent sur la beauté du mariage tel que beaucoup de couples le vivent aujourd’hui, fidèlement et généreusement, et la vie de famille telle qu’en font l’expérience les enfants qui vivent au sein d’une famille aimante… Cela ne veut pas dire qu’il n’y a pas de défis. Cela ne veut pas dire qu’il n’y a pas de moments difficiles dans la famille et dans le mariage, mais qu’avec le secours de la grâce de Dieu, la réponse est toujours, au bout du compte, une réponse d’amour, de sacrifice, d’acceptation de toute souffrance nécessaire pour être fidèle à l’amour. 
— Mais la société moderne n’accepte pas la souffrance, que ce soit en fin de vie, ou pendant la grossesse, ou dans le mariage… 
— Evidemment ! Parce qu’elle ne connaît pas la signification de l’amour. Le Christ a dit : si quelqu’un veut me suivre, qu’il prenne sa croix à ma suite, et ainsi l’essence de notre vie est de souffrir au nom de l’amour : l’amour de Dieu et de notre prochain. 
— Seriez-vous d’accord, ainsi que l’affirment nombre de personnes, pour dire que de nombreux mariages catholiques aujourd’hui, que ce soit faute de préparation ou par ignorance à l’égard de la signification des vœux matrimoniaux, ne sont pas valides ? Quelle a été votre expérience précise de cette question en tant que préfet du Tribunal suprême de la Signature apostolique ? 
— J’estime qu’il est très irresponsable de faire des déclarations générales sur le nombre de mariages qui seraient valides ou invalides. Chaque mariage doit être examiné. Le fait que des personnes ont pu être mal catéchisées, et ainsi de suite, peut certainement les rendre moins fortes par rapport à la vie conjugale, mais cela n’indiquerait pas nécessairement qu’elles donnent un consentement matrimonial invalide, parce que la nature elle-même nous instruit de la vérité du mariage. C’est ce que nous avons vu à la Signature apostolique : oui, il y avait davantage de déclarations de nullité de mariage, mais en examinant tous les cas, il y en avait de nombreux où la nullité du mariage n’était pas établie, n’a pas été démontrée. 
— Vous avez montré dans le livre Demeurer dans la vérité du Christ que la simplification de la procédure n’est pas la solution. 
— Elle ne l’est pas du tout, car il s’agit de situations très complexes, qui exigent une procédure soigneusement articulée afin de parvenir à la vérité. Si la vérité ne nous importe plus, alors n’importe quelle procédure sera acceptable, mais si nous avons le souci de la vérité, alors il faut une procédure comme celle utilisée actuellement par l’Eglise. 
— Et l’Eglise a beaucoup fait en faveur des procédures judiciaires dans le monde civilisé… 
— L’Eglise a été admirée au cours des siècles comme un miroir de justice : sa manière propre d’administrer la justice a été un modèle pour les autres juridictions. Il y a déjà eu au sein de l’Eglise une expérience de modification de procédure en nullité de mariage : elle a eu lieu aux Etats-Unis de 1971 à 1983. Elle a eu des effets désastreux, à tel point que des gens commençaient à parler du « divorce catholique », non sans raison. C’est une cause de scandale pour ceux qui travaillent dans le domaine de la justice ou les ministres de la justice dans l’ordre séculier, car lorsqu’ils voient que l’Eglise ne pratique pas la justice, qu’elle n’a plus le souci de la vérité, que peuvent alors signifier la loi et de la justice ?

***


— Comment les couples peuvent-ils valoriser et protéger leur amour conjugal ?
D’abord par une vie de prière fidèle, chaque jour, et par la confession régulière, car nous avons tous besoin de cette aide pour vaincre le péché dans nos vies : même les petits péchés, les péchés véniels – mais aussi pour nous garder des péchés plus graves. Bien entendu, l’Eucharistie est au centre de chaque vie chrétienne d’une manière très particulière. Elle est au centre de la vie conjugale parce qu’elle est communion avec Notre Seigneur Jésus Christ, pour vivre de cet amour qu’Il a pour l’Eglise, dont le mariage est le sacrement : le signe de son Amour dans le monde. Ainsi, dans l’Eucharistie, le couple reçoit la grâce, de la manière la plus abondante et la plus puissante, qui leur permet de vivre leur alliance d’amour.
— Pensez-vous qu’il y a un lien entre la « mort du culte » – une liturgie anthropocentrique, qui n’adore pas – et la culture de mort ?
Je suis très convaincu de ce que les abus qui se sont immiscés au sein de la pratique liturgique de l’Eglise, des abus qui reflétaient une visée anthropomorphique où le culte sacré a commencé à être présenté comme une activité humaine, alors qu’il est action de Dieu parmi nous, ont à l’évidence conduit les fidèles dans une mauvaise direction, et que cela a eu un impact très négatif sur la vie de chaque individu et, d’une manière particulière, sur la vie conjugale. La beauté de la vie conjugale se perçoit et se confirme de manière particulière dans le Sacrifice eucharistique.
— En tant que laïcs catholiques nous devons agir au sein de la société, y compris sur le plan politique. Mais en France aucun parti majeur ne défend complètement le mariage, aucun ne défend complètement la vie. Que doivent faire les catholiques : s’engager dans un mouvement dont ils savent qu’il se positionne contre les principes non négociables, ou doivent-ils essayer de construire autre chose ?
— Idéalement, ils doivent essayer de construire au sein de la société une force politique qui s’engage
pleinement pour la vérité, pour les biens non négociables en ce qui concerne la vie humaine et la famille. Et ils doivent affirmer très clairement leur propre position, et insister sur celle-ci, auprès des partis politiques qui existent, afin de constituer une force qui impulse la réforme de ces partis. Bien évidemment, vous ne pouvez pas prendre part à un mouvement qui serait contraire à la loi morale. La même réflexion permettrait de soutenir un mouvement politique qui montrerait des signes de réforme, de vouloir adhérer à la loi morale : il faut l’encourager.
— Quels saints invoquer aujourd’hui pour la famille ?
Avant tout, la Sainte Famille de Nazareth : la Vierge Marie, saint Joseph et Notre Seigneur Jésus. Puis il y a les grands saints mariés. On pense par exemple aux parents de la Petite Thérèse, les bienheureux Louis et Zélie Martin ; et à une grande sainte comme Gianna Molla ici en Italie ; à un grand saint mort en martyr pour la famille, saint Thomas More qui était un homme marié et qui avait pleinement compris la vocation au mariage. Il y a aussi le couple Luigi et Maria Beltrame Quattrocchi, béatifiés ici en Italie. Et encore sainte Rita de Cascia qui fut une mère très fidèle, et qui a tant prié pour la conversion de son mari, et de ses deux fils. Ce ne sont là que quelques exemples… il y en a tant d’autres.
— Comment le mieux rester fidèles à l’Eglise et au pape en ces temps troublés ?
— En nous attachant de la manière la plus claire à ce que l’Eglise a toujours enseigné et pratiqué : voilà notre ancre. Notre foi ne nous attache pas à des individus, notre foi est en Jésus-Christ. Lui seul est notre rédemption, et Il est vivant pour nous dans l’Eglise à travers son enseignement, ses sacrements et sa discipline. Je dis volontiers à ceux, nombreux, qui sont en contact avec moi et qui se trouvent désorientés, inquiets et décontenancés : non, nous devons rester calmes, et nous devons rester pleins d’espérance en parvenant à goûter de manière de plus en plus profonde la vérité de notre foi, et nous devons nous y attacher. C’est cela qui ne change pas, et c’est cela qui à la fin, vaincra. Le Christ a dit à saint Pierre lorsque celui-ci a confessé sa foi : « Les portes de l’enfer ne prévaudront pas » contre l’Eglise. Nous savons que cela est vrai, et nous devons souffrir, en attendant, pour la vérité, mais nous devons avoir confiance : Notre Seigneur remportera la victoire, à la fin.

Propos recueillis par Jeanne Smits
Photos : © Olivier Figueras